domingo, 18 de setembro de 2011

Reflexões sobre a não-legalização do aborto e suas consequências



Sim, sim, queridas uterinas, eu sumi. Mas depois de duas longas e atarefadas semanas cá estou trazendo um texto da sempre contundente Lola Aronovitch, autora do blog Escreva Lola Escreva.

Ainda de olho no tema "Maternidade à força" e saindo do terrível capítulo sobre o estupro, é hora de nos depararmos com o fato (e as consequências) de que vivemos em um país onde o aborto é ilegal.

Deixo como sugestão de leitura o texto "MULHER, ESSE SER IRRESPONSÁVEL QUE SÓ QUER ABORTAR". Segue abaixo o trecho inicial. Para ler essa reflexão na íntegra clique aqui
"Espero que os homens que chamem mulheres que abortam de vagabundas e irresponsáveis saibam que 1) essas mulheres não fizeram o filho sozinhas, e 2) se fosse o homem quem ficasse grávido, o aborto seria legalizado. Sério. Não há a menor dúvida disso, porque ninguém ousaria dizer a um homem que seu corpo não é dele. A questão inteirinha do aborto é uma questão sobre o controle do corpo da mulher. Convém pintar a mulher como um ser alterado, nada confiável, fraco das ideias, que precisa ser controlado. Os reaças que são contra a legalização do aborto acreditam que, sendo contra, não existem abortos. Eles somem, pluft, num passe de mágica! Acontece que eles seguem acontecendo, sempre em número maior que em países onde o aborto é legalizado. E abortos ilegais acabam matando a mulher."

Fonte:
texto: http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2011/01/mulher-esse-ser-irresponsavel-que-so.html
imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Lange-MigrantMother02.jpg

4 comentários:

  1. Que bom que você voltou Nicole!! =D
    Eu gosto muito do blog da Lola e esse post foi incrível!!!
    Eu provavelmente já escrevi aqui no blog que os anti-escolha, na sua grande maioria, nao estao preocupados com a "vida em potencial" dentro do útero, eles estao preocupados em punir as mulheres. Eu tenho vontade de rir da incoerência dessa gente, mas o assunto é muito sério e grave para risadas.
    Por "incrível que pareca" e nao raro, os mesmo anti-escolha sao aqueles que patrocinam o show de humilhacoes durante o pré-natal e o parto das mulheres que decidiram seguir com a gravidez. É assustador as estatísticas e os relatos dos maus tratos sofrido por grávidas e parturientes.
    E quem pensa que o horror acabou depois do nascimento se engana - agora o discurso é - aquela "p***" que se vire pra criar a crianca, afinal ela "deu" por que quis.
    Poisé gente... hypocrisy rules...

    Fran

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na sua grande maioria? Você fez algum tipo de pesquisa séria onde tenha realmente apurado a veracidade destas informações? Quem é contra a legalização do aborto patrocina humilhações pré-natal? Não acreditar na falácia de que fetos não são humanos torna uma pessoa automaticamente moralista e hipócrita? É realmente impossível que alguém realmente se preocupe com a pessoa que está por nascer? Todos aqueles que dizem se preocupar estariam mentindo apenas para poder controlar o corpo da mulher? Não duvido que muitos pró-vida se enquadrem neste modelo que você cita, mas afirmar que a maioria é assim é puro preconceito contra quem pensa diferente

      Excluir
  2. Boa noite, parabéns pelo blog.
    Também adoro a Lola, deixei o link do seu blog e deste post lá no dela.
    Encontrei seu blog procurando por matérias sobre a obrigação da maetrnida.
    No dia das mães a santificação da maternidade me soa absolutamente insuportável.
    Abraços e parabéns.


    Lana

    ResponderExcluir
  3. Eu moro na Austrália e aqui aborto só é permitido em casos que a vida da mãe esteja em risco (saúde física ou mental), estupro e defeito do feto. Apesar do país não ser religioso como o Brasil, infelizmente a religião ainda influencia na política, o que eu acho que não deveria, eu acho que religião e política não tem nada a ver e não deveriam influenciar uma na outra. Santa ignorância!!!

    ResponderExcluir

Postagens populares