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terça-feira, 8 de março de 2016

Nellie Bly

It has been a while… but I thought that the International Women’s day would be a great day to come back here, as nothing in this world gives me more pleasure than to research, to learn more, to write about and to celebrate women’s lives.


I was lucky enough to meet someone fantastic soon after coming back to this project. Her name is Nellie Bly.



A journalist and world-traveler who was ahead of her time in more ways than I could ever count. Over a 100 years ago, she paved the way for women in journalist after writing about the brutal treatment received by women suffering from mental health issues by pretending to have amnesia and investigating their daily life in one asylum in New York. 

Her report can be found in the book “Ten days in a mad-house” which was adapted to the big screen in a film production released last year. 



She has also traveled around the world in 72 days, invented a bunch of things and
was one of the leading women industrialists in the United States. She got married, never had kids and died of pneumonia at age 57. A short-but well-lived life, it seems. 



Learn more about Nellie by:


domingo, 27 de setembro de 2015

Kim Cattrall on not having children


Fantastic interview with Kim Cattrall by Jane Garvey at BBC Woman's Hour special program "Kim Cattrall takeover". The whole thing is worth-listening to, but I have transcribed the part about not having children here for you, ladies :)

- Jane GarveyYou have talked very openly in the past about not having children, which, I have to say, is a subject that I find difficult to raise with people. Particularly the women who appear on Woman's Hour. In fact, I shy away from addressing the issue unless the person has come on specifically to talk about it. And so it is important to emphasize that you wanted o introduce not having children into the conversation. I haven't used the term childless or, at least, I don't think I have because that is offensive isn't it?

- Kim Cattrall: Well, it is the "less" that is offensive, isn't it? Child-less, it sounds like you are less because you haven't had a child. I think that for a lot of people, for my generation, it wasn't actually a conscious choice. It was a feeling of I am on this road and things are going really well. And I am very happy. And I'll do it next year. I'll do it in two years. I'll do it in five years. And then suddenly you are in your early forties and you think maybe now? And you go to your doctor and she says to you, well, yes we can do it, but you'll have to become a bit of a science experiment here because we have to find out how you can stay pregnant. We can get you pregnant but you have to stay pregnant now because your body is not producing. So it was a feeling of: well, do I really want to do that now? And I just thought: I don't know if I want it that much. What also comes with having a child is: is this the partner that I want to spend the rest of my life communicating with in a very intimate, intimate way throughout the child's life. So, for me, timing-wise it was was never right.  I have been married and I enjoyed very much been married, my two marriages, but we never really got to the point where it seemed a natural progression in our relationship that we would become parents.

Jane Garvey: so you didn't become a parent and...

Kim Cattrall: not a biological parent. But I am a parent. I have young actors and actress that I mentor. I have nieces and nephews that I am very close to so I think the thing that I find questionable about being childless or child-free: are you really? I mean, there is a way to become a mother in this day and age that does't include your name on a child's birth certificate. You can express that maternal side of you very very clearly, very strongly. It feels very satisfying. (...). There are many different ways to be a mom in the world.

domingo, 12 de julho de 2015

Camille Claudel

Hoje descobri mais uma adimirável mulher que não teve filhos e deixou um legado atemporal, apesar da curta linha do tempo em que viveu - neste caso, quase sempre, em isolamento.

Seu nome é Camille Claudel uma escultora francesa que produziu um número gigantesco de obras de arte.



Paixão, beleza, força de vontade inesgotável e talento raro são termos que encontrei com frequência no pouco que li sobre ela até agora.

Mas encontrei um livro...



E dois filmes...





E pretendo mergulhar nos três para descobrir mais sobre a vida desta mulher que passou os últimos 30 anos de sua vida em um hospício, mesmo não sendo louca. Deprimida, sim. Louca, não. Mantê-la enjaulada foi decisão da família para proteger a carreira de seu irmão mais novo, o diplomata e poeta francês Paul Claudel. Se ainda hoje uma mulher com gênio indomável costuma ser vista como alguém que deve ser controlada, imaginemos então o que não foi viver 150 anos atrás. 

Ela sofreu, morreu, e por um certo tempo até chegou a ser esquecida. Mas nas últimas três décadas o interesse por sua arte e por sua vida tem aumentado e o número de obras que a homenageiam tem se multiplicado rapidamente na literatura, no cinema, na música e no teatro.

Encontre algo para ler, ver ou ouvir. E ajude a manter a chama da Camille acesa.



sábado, 25 de abril de 2015

Totia Meirelles


A linda Totia Meirelles é mais uma atriz brasileira que não se tornou mãe e que, em função da idade, provavelmente não se tornará. Outro dia lembrei que, há muitos anos atrás, havia lido em uma revista uma entrevista na qual ela falava que havia escolhido não ter filhos. Lá fui eu pesquisar um pouco e acabei achando alguns depoimentos sobre a vida sem filhos dela.

"Foi uma opção. Tentei ter filho, comecei a fazer um tratamento, mas quando menstruei falei: ai, que bom! Então eu pensei que não quero ter filho. Decidi não ter. Parei tudo. Hoje sou feliz por essa decisão. Mas a pressão é grande -- algumas mulheres se sentem até fracassadas.Tiro o chapéu para as mães, mas me sinto aliviada por não ser uma delas”.

Por que não ter filhos?
Durante muito tempo eu quis ter filhos. Tentei até engravidar, mas não consegui. Com o tempo, tornou-se uma opção. Sinceramente, tive um grande alívio por isso.

Você se sente cobrada por não ser mãe?
Sou muito feliz assim. Acho que hoje é muito difícil educar uma pessoa, criar outro ser humano. Essa relação pode dar certo ou não. E imagina quando não dá certo? Tiro meu chapéu para as mães.

Na novela, você vive uma mãe com perfeição. Exercita seu lado maternal na vida real?
Claro! Acompanhei a educação dos meus sobrinhos e tenho uma relação maternal com eles. Todos os meus sete irmãos têm filhos. Agora, tenho até seis sobrinhos-netos.

E seu marido (com quem está há 18 anos), sente falta?
Não, ele tem uma filha. E temos um netinho agora -- estou babando muito!

Aída tem problemas com a filha. Como você vê isso?
Elas são muito parecidas, a Aída dá força para ela.

Sua mãe era assim?
Sim, eu tive uma educação rígida. Mas minha mãe me deu uma moto de presente, por exemplo! Ela me criou com limites e liberdade.

Fontes:

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Aracy Balabanian


Faltaram tempo e parceiro ideal para a atriz Aracy Balabanian

Solteira, depois de "cerca de três casamentos" não oficiais, a atriz Aracy Balabanian, 62, diz que não se arrepende de não ter sido mãe. "Pesei muito a decisão e fui honesta comigo mesma. Não casei nem tive filho porque não acho que temos que cumprir tarefas sociais. Muitos fazem só por obrigação."

Aracy diz ter ficado, em média, cinco anos com cada um de seus maridos, cujos nomes não revela. Mais de uma vez sentiu vontade de construir uma família, mas guardou as energias para investir na carreira e lutar contra o pai, que por dez anos foi radicalmente contra sua profissão.

Não bastasse o pai, havia o namorado, um ator incipiente com quem estudava. "Ele jamais aceitaria que eu pudesse ter mais sucesso na carreira do que ele", diz. Ao desistir da escola de teatro, o namorado queria que ela também abandonasse tudo. "Eu não me contentaria em ser 'só' mãe, como ele queria."

A atriz garante que o pai era um homem inteligente, "mais que meus namorados", e achava que a profissão de atriz era muito bonita, mas sofria um grande preconceito.

Aracy diz que sonhou ser mãe, mas não encontrou um parceiro ideal. "Acho pai muito importante e não faria uma produção independente", afirma. "Se meus namorados não eram bons o suficiente nem para mim, tanto que os deixei, menos ainda para ser pai."

Outra questão que pesou na decisão era a falta de tempo. "Cheguei a trabalhar dez anos praticamente sem folgas. Não poderia fazer isso se tivesse um filho."

Mas afirma que sua platéia inicial, prioritariamente de crianças e idosos que se divertiam com "Vila Sésamo", sempre preencheu seu lado maternal. Além dos sobrinhos, claro. "Fui tia aos sete anos. Tenho 13 sobrinhos e 14 sobrinhos-netos." Ela conta que chegou a ampliar a casa para receber os tantos que resolveram estudar no Rio de Janeiro. "Criei uma sobrinha e agora estou aguardando seu filho, que vem estudar aqui este ano."

Pessimista quanto aos destinos da humanidade, a atriz diz que não gostaria de "deixar" um filho no mundo "como está hoje". "Muita droga, muita violência e a total falta de valores", diz. "Iria ficar louca de preocupação."

Fonte: Folha online

sábado, 6 de setembro de 2014

Gloria Naylor


Hoje, lendo um lindo livrinho que encontrei na prateleira de minha mãe, chamado "Palavras de força e perseverança" descobri mais um maravilhoso útero vazio: Gloria Naylor. Uma escritora americana cuja citação contida neste livro muito me marcou:

O que aprendi nos últimos 20 anos é que Eu sou o único juiz a decidir quais são os meus limites. E, quando olho para o horizonte dos próximos vinte anos, não existe nenhum... nenhum limite. Com esse tipo de consciência, amadureci o máximo que me é possível; o envelhecimento parou aqui e, agora, limito-me a melhorar.

Após um breve casamento, durante os anos em que foi missionária, Naylor decidiu não se casar novamente e não ter filhos porque sentia que era essencial ficar sozinha para escrever seus livros. Hoje Naylor é considerada uma das escritoras afroamericanas mais respeitadas do mundo.


Fonte das informações sobre Naylor: Encyclopedia.com

domingo, 20 de abril de 2014

Vivian Maier




Ainda lembro da primeira vez que ouvi falar de Vivian Maier: foi nas manchetes de um jornal há uns 4 ou 5 anos atrás. Se não me engano, foi nos destaques do dia no site da BBC. 

Alguém (que hoje eu sei que se trata do historiador John Maloof) havia comprado uma caixa de fotografias e de negativos em um leilão em Chicago e descoberto um verdadeiro tesouro fotográfico que logo se tornaria inestimável em termos históricos, culturais e artísticos. 

Nada se sabia sobre o fotógrafo anônimo que, para a surpresa de muitos, revelou-se ser uma mulher. Uma americana que havia morado por 25 anos na França, aprendido a falar inglês indo ao cinema, e que trabalhou como babá por cerca de 40 anos. 

Apenas um pouco mais do que isso é sabido sobre esta mulher misteriosa que, aos olhos dos que pensavam conhecê-la, parecia ter vivido uma vida tão comum, quando, na verdade, dedicava-se secretamente à criação de uma obra fotográfica extraordinária.

Sua coleção consiste em mais de 100 mil fotografias tiradas principalmente nos arredores de Chicago, mas também em Nova Iorque, Los Angeles, Manila, Bangkok, Pequim, Egito e Itália, e pode ser dividida em duas grandes categorias: fotografia de rua e autorretratos. Seu olho clínico para o registro de coisas corriqueiras e da expressão dos transeuntes, lhe rendeu o título de mestre da fotografia de rua.

Tudo indica que ela gastava todo o dinheiro que ganhava como babá em manutenção para suas máquinas fotográficas de estimação, comprando e revelando filmes, e arquivando suas milhares de fotos em caixas que guardava cuidadosamente no quarto que seria seu, nas duas ou três casas de família onde morou durante sua vida. 


Há rumores de que no final da vida ela possa ter sido moradora de rua, antes de ser encontrada e assistida por algumas das crianças que ajudou a criar muitos anos antes, e que lhe compraram um apartamento e ajudaram a pagar as contas, até que caiu, ao bater a cabeça no gelo, não se recuperou da queda e morreu em 2009, aos 83 anos. 

Para quem quiser saber mais sobre a vida desta mulher incrível, deixo 3 dicas:

1) Um livro de autorretratos. 



2) Um segundo livro que apresenta uma fantástica seleção de suas fotos de rua. 


3) Um documentário chamado “Finding Vivian Maier”, lançado em 2013, que entrevista amigos e conhecidos da fotógrafa, na esperança de entender melhor como e porquê ela ocultou seu talento e sua obra por tanto tempo. 



quarta-feira, 26 de março de 2014

Enya



"When I left school, I had a list of priorities headed by 'marriage' and 'children'. That is how, I suppose, as a woman, you are brought up to think. At the same time, as I grew older, I told myself that if it happens, it happens, and that will be fine, but if it doesn't, that will be fine, too." 

"Quando saí da escola, eu tinha uma lista de prioridades que começavam com “casamento” e “filhos”. É assim, penso eu, que uma mulher é levada a pensar. Ao mesmo tempo, à medida em que fui amadurecendo, eu disse a mim mesma: se acontecer, bem. Se não acontecer, bem também." 


Enya
Cantora irlandesa

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Dian Fossey






Aos poucos este blog se transforma em livro. E se não fosse uma das mais recentes entrevistadas – que, aliás, já virou uma grande amiga - eu provavelmente não teria ouvido falar da Dian Fossey. Que agora aparece no nosso mural de mulheres sem filhos (na coluna do lado direito) e ganha uma postagem toda dela.

Dian foi uma zoologista americana que contribui enormemente para a conservação de gorilas em seu habitat natural. Ela dedicou 18 anos de sua vida ao estudo desta espécie e se tornou uma das principais primatologistas do mundo.
Seu livro, Gorilas in the mist ainda é um dos mais lidos sobre os primatas, mesmo tendo sido escrito há mais de 30 anos.

Dian foi assassinada em 1985, aos 52 anos, em Ruanda, em circunstâncias que ainda não foram completamente esclarecidas.
O livro citado acima é uma autobiografia, escrita em 1983. Um filme homônimo e protagonizado por Sigourney Weaver foi lançado em 1988.

Pelo (pouco) que li sobre Dian, parece que este filme é uma mistura da autobiografia de Dian e de um artigo intitulado com o mesmo nome escrito por Harold Hayes - autor de um livro sobre ela chamado The Dark Romance of Dian Fossey - para a revista Life em 1987. 

Também em 1987 foi lançada a primeira biografia sobre ela, chamada Woman in the mists, escrita pelo autor canadense Farley Mowat.

E pelo pouco que entendi, parece que a autobiografia de Dian omite muita coisa (além de obviamente não contar o final da história, já que ela morreu dois anos após ter finalizado a obra), enquanto os dois principais livros escritos sobre ela após a sua morte parecem revelar mais detalhes sobre a personalidade, o estilo de vida e os conflitos pessoais e profissionais enfrentados por ela - por apresentarem um desfecho, páginas de seus diários e entrevistas com pessoas que a conheciam e trabalharam com ela.

É claro que, depois que alguém morre, é bem fácil inventar, aumentar, editar e ocultar muita coisa. Então sempre acho que para nos aproximarmos o máximo possível da verdade, o melhor mesmo é recorrer a vários fontes.

Creio que a leitura destes 3 livros (um dela e dois sobre ela), assim como uma sessão pipoca no sofá para assistir a este filme, podem ajudar a conhecer melhor esta mulher que viveu uma vida extraordinária e partiu deste mundo sem deixar filhos para trás.



Nicole Rodrigues

domingo, 16 de junho de 2013

Molly Peacock


"We live in a pronatalist culture, so when you decide not to have children, you find yourself at the far edge of the bell curve. How do you live happily there? Well, you live happily there if you are comfortable with your own nature. And that requires talking about how to separate motherhood from female identity. It's still a taboo subject -- not even discussed in women's studies programs. And endlessly fascinating to me, especially as the Census Bureau tells us we will be seeing increasing numbers of people making this decision."


"Nós vivemos em uma sociedade pró-natalista. Então quando alguém decide não ter filhos, esta pessoa se sente isolada. E como viver feliz assim? Bem, você poderá ser feliz se estiver confortável em relação à sua própria natureza. E isso exige um diálogo sobre como separar a identidade feminina da maternidade. Este assunto ainda é um tabu − não é sequer discutido em programas de estudos sobre as mulheres. E é infinitamente fascinante para mim, ainda mais depois de saber que o Censo indica que o número de pessoas que tomarão esta decisão será cada vez maior."



Molly Peacock

Escritora americana, autora do livro Paradise,
sobre a decisão que tomou de não ter filhos.

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