domingo, 1 de julho de 2012

Quanto custa um filho?



Quem acompanha este blog sabe que o foco principal dos meus posts e dos textos de outros autores aqui compartilhados são voltados aos fatores e aspectos emocionais da escolha de ter ou não ter filhos. A escolha, sempre ela, é a palavra de ordem deste blog. Qualquer que seja o seu sexo, religião, classe social, raça, idade ou nacionalidade lembre-se que este é um direito de todos nós e pelo qual devemos, juntos, lutar e respeitar sempre. 

Sendo assim, a escolha não poderia deixar de existir quando se fala em algo tão importante quanto o ato de gerar ou adotar um ser humano. Quem o faz deve fazê-lo porque quer, porque escolheu, e não porque deve, porque precisa ou porque pode.

Um fator que raramente discuto, mas que é de extrema importância, dado seu impacto social e emocional na vida da mãe/pai/casal, assim como na vida do filho, é a situação financeira da pessoa que decide gerar ou adotar. Ainda que o desejo esteja presente e a vontade de ser mãe ou pai seja latente, um filho requer bem mais do que isso. Desejo e amor não pagam as contas. Criança precisa de alimentação, roupas, cuidados médicos, educação, lazer... e tudo isso custa dinheiro.

Então que tal levar este aspecto em consideração na hora de decidir ter um filho? Embora não seja o fator mais importante - este, sem sombra de dúvidas, é o desejo genuíno de se tornar mãe/pai -, deve ser levado em consideração. Porque uma simples adição dos gastos iniciais pode ajudar não necessariamente a desistir da ideia, mas a repensar esta intenção ou a planejar a melhor maneira e o melhor momento para ter um bebê. E isso, por sua vez, pode evitar uma série de problemas e otimizar uma experiência que, caso contrário, poderia dar bastante errado pela simples falta de planejamento.

Uma conversa com um (ou vários) casal de amigos ou parentes que têm filhos, uma sincera avaliação do orçamento atual e uma projeção de gastos no futuro próximo e distante, papel, lápis e calculadora na mão podem ajudar a registrar alguns gastos iniciais. Outra coisa que talvez possa ser útil é este infrográfico que encontrei esta tarde, chamado "Quanto custa um filho". Não creio em resultados exatos, mas é possível que ele ajude indicando valores aproximados com base na sua renda mensal e anual.

Com ou sem infográfico, o que importa é reservar um momento à avaliação dos gastos fixos (emocionais, psicológicos, sociais e financeiros) na criação de um filho e à sincera reflexão sobre até que ponto você, de fato:
1) deseja ter um filho (ou acha que deseja? ou acha que deve ter?);
2) tem condições financeiras de ter um filho e de garantir bem mais do que apenas sua subsistência;
3) tem interesse em levar este compromisso adiante e atender às demandas emocionais e psicológicas do seu filho sem comprometer a sua felicidade e a felicidade dele.

Porque, afinal de contas, esta é uma parceria para vida toda, embora muitos prefiram pensar que não.

Nicole Rodrigues

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