domingo, 24 de fevereiro de 2013

Será que a maternidade é algo adequado para você? (partes IV e V)




Segue abaixo a quarta e quinta parte do último capítulo do livro "Além da maternidade", direcionado às mulheres que estão pensando em optar por uma vida sem filhos.

“4) Reflita sobre sua infância. Que coisas boas você gostaria de repetir e que coisas ruins gostaria de reparar? Será que você seria uma boa mãe? Que qualidades maternais você tem (e que qualidades paternais tem seu cônjuge), quais delas lhes faltam e qual sua importância? Quanto de seu passado você acha que teria de superar a fim de ser uma boa mãe, e será que você está preparada para este confronto? A hora de examinar essas questões é antes de ficar grávida. 

5) Algumas destas desculpas lhe soa familiar? “Não tenho condições financeiras de sustentar um filho neste momento.” “Minha carreira está apenas começando a decolar.” “Não estou preparada para assumir esse compromisso.” Se toda vez que pensa sobre essa questão você encontra um bom motivo para não tentar ficar grávida, talvez esteja dizendo algo a si mesma. Talvez queira conservar sua vida como ela é hoje. Reconheça e classifique sua resistência a levar em conta esta possibilidade. Sinta seu medo, e enfrente-o seja como for."

Links para as partes anteriores:

sábado, 9 de fevereiro de 2013


"I do not wish women to have power over men, but over themselves."

"Eu não desejo que as mulheres tenham poder sobre os homens, mas sobre si mesmas."

Mary Wollstonecraft
Escritora britânica, pioneira do feminismo




terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Será que a maternidade é algo adequado para você? (parte III)


Abaixo você encontrará o terceiro item do último capítulo do livro "Além da maternidade", direcionado às mulheres que estão pensando em optar por uma vida sem filhos.
"3) Não deixe que ninguém a convença a optar por uma gravidez se você realmente não a deseja; ser mãe é um compromisso e tanto. Não pressuponha que seu marido vai assumir metade da responsabilidade se tiver um filho, ou que ter uma babá vai lhe proporcionar muita mais tempo para si mesma, e tome uma decisão com base nessas reflexões.

Se descobrir que está inclinando para o lado da maternidade, espere profundas modificações em sua vida. Viver com um bebê implica abrir mão de determinadas coisas e tolerar outras. Pense naquilo que é mais importante para você e nas coisas sem as quais você mal conseguiria viver. Faça a si mesma estas perguntas:

Qual é o meu nível de sensibilidade à intromissão? Qual é a minha necessidade de tranquilidade e privacidade?

O quanto é importante para mim a espontaneidade e a liberdade de levantar e sair quando eu quiser?
 
O quanto é essencial para mim uma intimidade ininterrupta com um homem?

Quais são as minhas ambições profissionais?
Será que você não teria sentimentos intensos de mágoa e ou rancor se abrisse mão dessas coisas ou as mutilasse? A avaliação das próprias reações lhe dirá o quão disposta a fazer sacrifícios pelo filho você estaria.
OBS: para ler o primeiro item clique aqui. Para ler o segundo, aqui.
 


Imagem: criada por Madhupa Maypop.

Titia tem razão


Ficar para titia é uma coisa, escolher ser titia é outra bem diferente. A querida Jemima Pompeu, autora do blog Vizinhos de útero, me enviou o link para este texto abaixo, que apresenta uma ponto de vista mais divertido e bem-humorado do que os que costumamos ouvir por aí sobre as titias (que não são mães).

Acho que eu tinha sete anos quando escolhi que nunca seria mãe. Foi num 25 de dezembro, dia que as crianças se refastelam com os presentes do papai-noel. Eu estava penteando o cabelo loiro e sintético da minha boneca. Pensei com firmeza: "No futuro, não quero isso para mim."
A partir desse insight toda vez que um adulto perguntava o que você quer ser quando crescer, eu respondia: "Tia". E assim foi. Não tive filhos, mas uma penca de sobrinhos. Igor, Camila, Gabriel, Caio, Jerônimo, Ludmila, Diogo, Thalia, Davi, Maisa.
Sete deles hoje crescidos e encaminhados. Digo que adorei e sigo adorando ser tia. Pois não precisei me responsabilizar pela educação e o bem-estar de suas almas. Quando crianças, sempre apareciam na minha frente de banho tomado e sorriso no rosto.
Naturalmente tentei em várias ocasiões influenciá-los. Para todos dei livros nos aniversários. E, secretamente, desejei que algum deles seguisse minhas escolhas, melhor, meu amor pela escrita. Quem sabe um jornalista, uma escritora, um editor, uma dramaturga?
Mas, é claro, cada um correu atrás de seu sonho e circunstância. Eis algo que tias talvez aceitem melhor que mães: garotas e garotos serão e farão o que bem entenderem. Do mesmo jeitinho que eu decidi que a maternidade não era papo para mim.
Tudo bem se um homem não quiser ser pai. Mas para uma mulher, a pressão da cultura é máxima. A maternidade é tida como  uma consequência natural do feminino. Ou só há compreensão quando a mulher, por uma complicação biológica, não puder parir.
Bobagem. Tenho certeza que a maternidade não é para todas.
Mas não quero fugir do tema titia. Vou falar das vantagens. Por exemplo, a gente pode dizer na cara do sobrinho algumas verdades que a mãe sabe, porém omite. Porque o coração materno é mais mole e sua preocupação infinita.
Para os sobrinhos sempre disse: "Lavem a louça que usam e, por favor, arrumem seus quartos!" Já para as sobrinhas: "Arranjem uma ótima profissão e ganhem seu próprio dinheiro". Conselhos de tia.
Autora: Fernanda Pompeu

Fonte do texto: Inspire-se
Imagem: Régine Ferrandis.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A Walk to Beautiful





A walk to beautiful é um documentário dirigido por Mary Olive Smith e Amy Bucher, sobre mulheres que sofrem de fístula obstétrica. Histórias tristes e comoventes que nos fazem pensar na importância de que todas as mulheres grávidas recebam os cuidados médicos, principalmente obstétricos, adequados antes, durante e após o parto. Dar à luz pode ser um processo natural, mas nossos corpos não são máquinas.

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