sexta-feira, 29 de março de 2013

Será que a maternidade é algo adequado para você? (partes VIII, IX e X)


Oitava, nona e décima partes do último capítulo do livro "Além da maternidade", para mulheres que estão pensando em optar por uma vida sem filhos.

"8) Ter um filho seu não é a única forma de garantir que aqueles relacionamentos íntimos com crianças serão parte de sua vida. Se sentir necessidade, há muitas alternativas: amigos e parentes que receberiam de bom grado outro adulto na vida de seus filhos, trabalho voluntário e magistério.

9) Considere a hipótese de dizer a verdade às pessoas quando lhe perguntarem por que não tem filhos. A honestidade reforça a autoconfiança.
10) Não culpe a si mesma se decidir que a maternidade não é algo adequado para você – e aprenda também a não culpar sua mãe ou outros membros de sua família, porque se o fizer você ficará acorrentada ao passado, o que vai lhe sugar energia que deveria ser empregada no presente. Autoconsciência e compaixão são seus melhores recursos.
Não espere uma resolução perfeita. Você ainda poderá se sentir pesarosa e arrependida às vezes; isso também acontece à maior parte das mães que são sinceras consigo mesmas. Você não vai jamais lamentar o autoconhecimento ganho no processo de enfrentar seus sentimentos.
Fazer uma escolha genuína, consciente, é muito importante. Nenhuma decisão cuidadosamente ponderada, sensível a seus verdadeiros sentimentos, nascida de uma análise introspectiva honesta, será a decisão errada."

O que eu mais gosto sobre este livro da Jeanne Safer, é que ela consegue algo que hoje, após ler vários outros livros sobre o assunto, eu sei que não é nada fácil: aconselhar e mostrar caminhos, mas sem guiar. Ela não julga, não aponta o que acha certo ou errado, apenas apresenta fatos e possibilidades e pede que VOCÊ se permita analisá-los profunda e verdadeiramente com base unicamente no que VOCÊ sente, sabe sobre si mesma e deseja para sua vida. E isto fez com que este livro ficasse embaixo do meu travesseiro por muitas e muitas semanas.

O processo de decisão de se tornar mãe, seja através de gestação, adoção, barriga de aluguel ou até mesmo o ato de passar a cuidar do filho de outro alguém é algo que deve ser considerado seriamente como a grande responsabilidade e transformação que é, e não como instinto, como regra, obrigação social ou determinismo biológico. Permita-se pensar sobre o assunto, leve o tempo que precisar, e garanta o seu direito de escolher se tornar mãe ou não.


sábado, 16 de março de 2013

Amelia Eahart

Amelia Eahart viveu e (muito provavelmente) morreu voando. Embora o mistério sobre sua morte permaneça, não há dúvidas sobre sua contribuição à aviação americana e aos direitos das mulheres, no céu e em terra firme.

O livro Amelia foi escrito por Susan Butler, Mary Lovell e Elgen Long



 e adaptado para o cinema em 2009.


Se quiser mergulhar mais fundo na história de Amelia você pode ir direto à fonte, lendo um dos livros que ela mesmo escreveu.



Viva Amelia!



Será que a maternidade é algo adequado para você? (parte VII)



Sétima parte do último capítulo do livro "Além da maternidade", para mulheres que estão pensando em optar por uma vida sem filhos.
 
"7) Se, após ponderar, de fato concluir que ter filhos não é para você, aceite que sua vida será bastante diferente daquela da maioria das outras pessoas. Ser diferente não é patológico, ainda que seja mais complicado. A opção de renunciar à maternidade não significa que você não poderia fazê-lo, mas sim que prefere outro tipo de vida; não é uma indicação de que algo está errado com a sua capacidade de amar e dar carinho. Se constituir uma família não é realmente aquilo que você deseja, reconhecer isso é a coisa mais madura a fazer; assumir o controle de seu destino é algo do qual você pode se orgulhar.
Esteja preparada para se sentir à margem da corrente principal e tome providências para encontrar um grupo de pessoas de pensamento semelhante. Forme uma rede, busque novas ligações; você faz parte de um grupo crescente de mulheres que tomaram a mesma decisão. Elas podem corroborar sua opção no presente e lhe dar suporte no futuro."

Esta parte do capítulo foi a que mais me tocou, porque nela Jeanne Safer motiva cada um das mulheres que decidiram não ter filhos a fazerem as pazes consigo mesmas, no sentido de abraçarem a decisão não só fisica mas emocionalmente, ao se permitirem aproveitar ao máximo este caminho que escolheram. Sem remorsos, culpa ou medo.


Links para as partes anteriores:

sábado, 9 de março de 2013

Será que a maternidade é algo adequado para você? (parte VI)



Aqui vai a sexta parte do último capítulo do livro "Além da maternidade", direcionado às mulheres que estão pensando em optar por uma vida sem filhos.

“6) Você pode esperar o surgimento de toda sorte de sentimentos intensos quando realmente começa a pensar a sério sobre deliberadamente nunca se tornar mãe. Ansiedade, depressão, raiva e toda questão não-resolvida da infância – inclundo algumas totalmente inesperadas – podem vir à tona. Isso é normal e, em última análise, útil. Permita-se ter todas as reações, de modo que não vá ser assaltada pelo ressentimento de tê-las negado e evitado daqui a 20 anos. Dê a si mesma a oportunidade trabalhá-las, expressando-as e tratando delas. E chore se sentir necessidade; as lágrimas fazem parte do pesar, e o pesar é parte do processo de tomar uma decisão. Você está deixando escapar uma das possibilidades da vida quando decide não ter filhos, ainda que ganhe outras.

É especialmente importante encorajar o homem com quem você vive a lidar com os sentimentos que ele tem sobre a perda da oportunidade de ser pai, mesmo que ele tenha dificuldade em fazer isso, e mesmo que para você seja penoso ouvi-lo quando ele o fizer
. Algo tão fundamental num relacionamento exige uma solução conjunta.” 

Links para as partes anteriores:

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