Oitava, nona e décima partes do último capítulo do
livro "Além
da maternidade", para mulheres que estão pensando em optar
por uma vida sem filhos.
"8) Ter um filho seu não é a única forma de garantir que aqueles relacionamentos íntimos com crianças serão parte de sua vida. Se sentir necessidade, há muitas alternativas: amigos e parentes que receberiam de bom grado outro adulto na vida de seus filhos, trabalho voluntário e magistério.9) Considere a hipótese de dizer a verdade às pessoas quando lhe perguntarem por que não tem filhos. A honestidade reforça a autoconfiança.
10) Não culpe a si mesma se decidir que a maternidade não é algo adequado para você – e aprenda também a não culpar sua mãe ou outros membros de sua família, porque se o fizer você ficará acorrentada ao passado, o que vai lhe sugar energia que deveria ser empregada no presente. Autoconsciência e compaixão são seus melhores recursos.
Não espere uma resolução perfeita. Você ainda poderá se sentir pesarosa e arrependida às vezes; isso também acontece à maior parte das mães que são sinceras consigo mesmas. Você não vai jamais lamentar o autoconhecimento ganho no processo de enfrentar seus sentimentos.
Fazer uma escolha genuína, consciente, é muito importante. Nenhuma decisão cuidadosamente ponderada, sensível a seus verdadeiros sentimentos, nascida de uma análise introspectiva honesta, será a decisão errada."
O que eu mais gosto sobre
este livro da Jeanne Safer, é que ela consegue algo que hoje, após ler vários
outros livros sobre o assunto, eu sei que não é nada fácil: aconselhar e mostrar caminhos,
mas sem guiar. Ela não julga, não aponta o que acha certo ou errado, apenas
apresenta fatos e possibilidades e pede que VOCÊ se permita analisá-los
profunda e verdadeiramente com base unicamente no que VOCÊ sente, sabe sobre si
mesma e deseja para sua vida. E isto fez com que este livro ficasse embaixo do meu travesseiro por muitas e muitas semanas.
O processo de decisão de se tornar mãe, seja através de gestação, adoção, barriga de aluguel ou até mesmo o ato de passar a cuidar do filho de outro alguém é algo que deve ser considerado seriamente como a grande responsabilidade e transformação que é, e não como instinto, como regra, obrigação social ou determinismo biológico. Permita-se pensar sobre o assunto, leve o tempo que precisar, e garanta o seu direito de escolher se tornar mãe ou não.
O processo de decisão de se tornar mãe, seja através de gestação, adoção, barriga de aluguel ou até mesmo o ato de passar a cuidar do filho de outro alguém é algo que deve ser considerado seriamente como a grande responsabilidade e transformação que é, e não como instinto, como regra, obrigação social ou determinismo biológico. Permita-se pensar sobre o assunto, leve o tempo que precisar, e garanta o seu direito de escolher se tornar mãe ou não.