Para quem acha que permitir que mulheres escolham se querem
ou não ter filhos significa a extinção da raça humana, eu sugiro deixar a
bíblia de lado e começar a ler os jornais.
Orfanatos lotados de crianças abandonadas, abrigos temporários para crianças vítimas de abusos sexuais ou violência doméstica cometida pelos próprios pais, falta de comida e moradia para milhões de pessoas em todo o mundo. Continuar tendo filhos indesejados é a solução? Porque quando desejados, gerados, e, então, bem cuidados, tudo muito bem. Mas e quando trazidos a este mundo à força para serem tratados como, ou pior, do que cachorros?
Orfanatos lotados de crianças abandonadas, abrigos temporários para crianças vítimas de abusos sexuais ou violência doméstica cometida pelos próprios pais, falta de comida e moradia para milhões de pessoas em todo o mundo. Continuar tendo filhos indesejados é a solução? Porque quando desejados, gerados, e, então, bem cuidados, tudo muito bem. Mas e quando trazidos a este mundo à força para serem tratados como, ou pior, do que cachorros?
Será que o caminho não é lutar para garantir que cada pessoa
tenha a chance de decidir se quer ou não trazer mais alguém para este mundo e se responsabilizar por esta mesma pessoa por boa parte de sua vida?
E que medo de extinção mais infundado é esse, quando o nosso planeta nunca teve uma população humana maior do que a atual, em toda a sua história? Sete bilhões de pessoas vivendo em um mundo com cada vez menos recursos é a solução? Morreremos todos de fome, de sede, de doenças causadas pela ganância e pela ignorância, espremidos por falta de espaço, com a ideia fixa de que escolher não ter filhos nos levará à extinção?
Por que não nos permitirmos evoluir a ponto de pensarmos além de páginas defasadas cujo texto arcaico nos previne de olhar a realidade ao nosso redor e de respeitar as escolhas e vontades alheias? Desde quando permitir que quem não quer ser pai ou mãe não o seja, significa influenciar os que desejam esta experiência a abrir mão dela? Liberdade de escolha, minha gente, não é influência. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra bem diferente. Cada um tem o direito de pensar por si, mas, certamente, não pelo outro.
E que medo de extinção mais infundado é esse, quando o nosso planeta nunca teve uma população humana maior do que a atual, em toda a sua história? Sete bilhões de pessoas vivendo em um mundo com cada vez menos recursos é a solução? Morreremos todos de fome, de sede, de doenças causadas pela ganância e pela ignorância, espremidos por falta de espaço, com a ideia fixa de que escolher não ter filhos nos levará à extinção?
Por que não nos permitirmos evoluir a ponto de pensarmos além de páginas defasadas cujo texto arcaico nos previne de olhar a realidade ao nosso redor e de respeitar as escolhas e vontades alheias? Desde quando permitir que quem não quer ser pai ou mãe não o seja, significa influenciar os que desejam esta experiência a abrir mão dela? Liberdade de escolha, minha gente, não é influência. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra bem diferente. Cada um tem o direito de pensar por si, mas, certamente, não pelo outro.
Que medo é esse de que o outro pense e decida por si só; de que as mulheres descubram por si mesmas o que desejam ou não para suas vidas. Que fobia é essa de reconhecer que as mulheres têm direito aos seus próprios corpos? Que hipocrisia é essa de que fazer filhos sem pensar ou desejar é permitido, mas não ter filhos quando não os desejamos não é? Que ultraje é esse que as mulheres que escolhem não ter filhos causam? A escolha delas não afeta ninguém além delas mesmas e não diz respeito a mais ninguém. Tenha você um filho, se o quer tanto. Este sim é o caminho natural.
Filho deve ser sempre uma escolha e não uma obrigação. Filho é para quem o deseja, quando o deseja. É para quem está interessado na experiência de ser mãe/pai e disposto a fazer um bom trabalho.
Podemos ensinar uma mulher a se tornar uma boa mãe. Mas, em nenhuma circunstância, podemos forçá-la a se tornar mãe. E enquanto não aprendermos a ceder o direito individual de reprodução a cada membro de nossa sociedade, não colheremos os frutos coletivos de dividirmos este planeta com pessoas sãs e satisfeitas com o estilo de vida que escolheram.
Nicole Rodrigues
Excelente texto! Parabéns! Concordo com todos os pontos apresentados!
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